Passados mais de dez anos da
aprovação da lei 10.369, marco fundamental na história de lutas anti-racistas e
para democratização do ensino, não é raro depararmos com episódios racistas e
de intolerância religiosa por parte de determinados segmentos da sociedade.
Desse modo, surge a necessidade de adotar ações para fundamentar nosso trabalho, deixando-nos mais aptos para abordar, na sala de aula, questões acerca da
diversidade e das manifestações de discriminação com mais propriedade.
Atentando para esse fato, nesta
quinta-feira, 06 de setembro, as nossas atividades da AC extrapolaram os muros
da escola. Realizamos uma visita guiada ao MAFRO - Museu Afro-Brasileiro
no Pelourinho, onde tivemos a oportunidade de aprender mais sobre aspectos da
cultura africana, do ser e fazer negro na sociedade baiana (a estética e o
papel dos blocos afros no carnaval de Salvador).
Assim, movidos pela busca de
ampliação de conhecimentos, no setor religiosidade, pudemos aprender mais sobre
a história de importantes divindades afro-brasileiras através das exposições, que se propõem irem além do sagrado, assegurando novas percepções. No setor
África, obtivemos maiores informações sobre o continente africano e o tráfico
de escravos, sobre manifestações artísticas, processos tecnológicos, vida cotidiana e
tradição oral na África tradicional, especificamente de reinos tradicionais e sobre ancestralidade no
Benin e África Central. Por último, numa sala especial, entramos em contato com
uma belíssima exposição do conjunto monumental de talhas do artista plástico, Carybé, retratando 27 orixás. Obra de grande importância dentro da arte
contemporânea brasileira.
Para fazermos esse percurso místico, cultural e histórico, contamos
com explicações da jovem Aislane, aluna de Artes Plástica da UFBA, que trouxe
informações enriquecedoras sobre a exposição, destacando, com propriedade, as
contribuições da matriz africana para sociedade baiana e brasileira. Tivemos
uma manhã muito agradável, que certamente servirá para revermos
(pre)conceitos sobre a história e culturas africanas. A visita ao MAFRO certamente deve fazer parte do calendário de todos os profissionais de educação da capital baiana, não deixem de passar por lá!
Por Terezinha Coelho Pessoa
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