Dia da África - 25 de maio

JOGUE O RACISMO PARA O ESCANTEIO!

Em 1972, a ONU instituiu o dia 25 de maio como o “Dia de África”, simbolizando a luta dos povos do continente africano por sua independência. No mesmo dia, em 1963, na cidade de Adis Abeba, Etiópia, reuniram-se chefes de Estado africanos para enfrentar a subordinação que o continente vinha sofrendo há tempos. A tal subordinação chamou-se colonialismo, neocolonialismo ou partilha da África, que até à data da reunião ainda sofria de apropriação forçada das suas riquezas humanas e naturais.

Celebrando a data, a Escola Parque promoveu um Seminário sobre o Tema “JUVENTUDE CONSCIENTE: POR UMA COPA SEM RACISMO” com uma mesa composta pela Excelentíssima Senhora Desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia Luislinda Valois, o Psicólogo Dr. Altair Paim, doutorando em Psicologia, apresentando o recorte “Racismo e suas consequências” e a mediadora professora de História e articuladora de área no Centro, Darci Xavier. 

Participaram do evento no Teatro da Escola, professores das Escolas Classes e alunos do Ensino Médio e comunidade. A programação iniciou-se com o credenciamento seguido do café da Manhã, abertura com a fala do professor Gedean Ribeiro - Diretor da Escola Parque, desfile temático “Axé da Cor” – produção do professor de Moda da Parque - Luiz Claúdio Rebello, mesa redonda, plenária e encerramento com exposição no Foyer do teatro.

Os professores Rives Borges e Gidson Soares encarregaram- se da apresentação do belíssimo desfile que mostrou características e peculiaridades de Orixás do nosso Candomblé. 

Iniciando as palestras, o Dr. Altair Paim sensibilizou com o poema “Quebranto” de Cuti (Luiz Silva) e prosseguiu, conceituando a palavra “Racismo”, estabelecendo um paralelo entre “raça x classe”, abordando as várias formas do racismo de ontem e hoje presente no esporte, especialmente no futebol e afirmando que” A pobreza tem cor”. 

A Desembargadora, Excelentíssima Drª Luislinda Valois começou agradecendo com a seguinte frase “Como é gostoso estar aqui!”. Em seguida, destacou com muita emoção, fatos, desafios e lutas que marcaram sua trajetória pessoal e profissional até o momento. Marcaram sua palestra frases como: “O Brasil é um país negro que quer ser branco”; “Mães, olhem seus filhos!”; “A Bahia é o Estado mais racista da Federação”; “Há um holocausto dos negros: a diferença é que aqui não se queima, mas há um verdadeiro genocídio dos jovens negros!”, “O Racismo é cruel e perverso! Mata a alma e destrói o nosso físico.”.

 Os palestrantes encerraram sua participação respondendo às perguntas dirigidas pela plenária.