segunda-feira, 13 de junho de 2011

Conversa com Agualusa

     Esta foi uma das semanas mais interessantes do ano. Tive o privilégio de participar de dois encontros com o escritor angolano José Eduardo Agualusa. O primeiro encontro foi no Teatro Castro Alves, no evento "Conversas Plugadas", promovido pelo Irdeb, com organização de professores da UFBA. Tivemos a oportunidade de lançar perguntas ao doce Agualusa e conversar sobre alguns de seus livros, principalmente Milagrário Pessoal e Nação Crioula. O segundo momento se deu na Livraria Cultura, quando ele participou de um encontro com ilustres professores universitários -da UFBA e da UNIJORGE - para falar um pouco mais sobre sua obra e seu processo de criação.
Sua sapiência e singularidade saltam aos olhos (e ouvidos). A literatura é, sem dúvida, a arte da subjetividade, da beleza, da harmonia e principalmente das palavras e Agualusa domina brilhantemente cada sentença, cada vocábulo, cada "vírgula".
A forma como lapida as palavras, estabelecendo relações com o inusitado e o erudito, é simplesmente singular. Ele mesmo afirma ter "bebido" em Jorge Amado, Caetano Veloso, Manuel de Barros, Guimarães Rosa, entre outros grandes nomes nacionais, entretanto sua expressão é única, e bela, e encantadora.
Ter lido "As mulheres do Meu Pai" e "Milagrário Pessoal" foi um passo importante para conhecer um grande escritor angolano,  mas ter participado deste encontro foi providencial para que eu pudesse alargar meus horizontes literários. Se eu já tinha prazer em ler Mia Couto, Pepetela, Ondjaki e Agostinho Neto, agora vou me debruçar mais ainda sobre estes e outros primorosos africanos, mas antes vou me apossar das demais obras de Agualusa. Quero tê-lo mais e mais perto do meu saber. Quero visitar Angola, conhecer Luanda, passear por caminhos dos meus antepassados com a licença do meu querido Agualusa.
Ana Ramos

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