A REDE SOCIAL não é um filme sobre o Facebook, mas sobre Zuckerberg, esse sujeito pouco sociável que usa um fora da namorada para criar, sem querer, o embrião para o seu projeto mais importante. Ele escreve, bêbado, em seu blog, coisas pouco lisonjeiras sobre a moça que quebrou seu coração e cria um site com um ranking das mais gostosas do campus para votação. Só com esse ato, ele consegue em pouco tempo derrubar a rede da universidade, pela quantidade de acessos. É assim que ele chama a atenção dos gêmeos Winklevoss (ambos interpretados por Armie Hammer). Eles representam o oposto de Zuckerberg: atléticos, populares e milionários. A intenção dos irmãos é fazer um programa de relacionamento fechado à elite da universidade. A opção por deixar de trabalhar com os irmãos e criar o seu próprio site junto com o amigo brasileiro Eduardo Saverin (Andrew Garfield) é o motivo pelo qual o nerd pouco sociável e de raciocínio rápido recebe a sua primeira ação judicial.
A montagem do filme intercala dois dos processos pelos quais Mark se envolveu durante a fundação do site. É constante o uso de flashback. Esta opção fragmentada transforma a narrativa mais pulsante, prendendo a atenção dos espectadores aos dados. Os diálogos frenéticos no ritmo dos feeds de notícias do site são difíceis de acompanhar, se os espectadores não forem gênios da informática; mas não deixam de ter suas qualidades construtivas. A insegurança, imaturidade e genialidade de Mark podem ser captadas através do roteiro.
Para os jovens, pertencer a um grupo é importante na sua vida social, e, a criação do Facebook, possibilita a eles integrar um clube (que só entra quem recebe convite), e neste quesito Mark não foge à regra. É preciso também levar em conta os aspectos éticos que envolvem a situação, pois Mark está sendo processado por apropriar-se de ideias alheias, uma vez que a criação do facebook não é obra exclusivamente dele.
Fontes : http://scoretracknews.wordpress.com e www.nerdrops.com